No último dia 25 de março anunciamos em nossas redes sociais a parceria entre Sportheca e SportsTechX, a maior fonte de dados e insights quando o assunto é inovação e sportstech. Para iniciar essa colaboração, traduzimos para o português o Report Europeu de SportsTech, que traz um panorama geral da vertente no velho continente. Neste texto, vamos trazer alguns destaques do relatório na nossa visão. Você pode conferir o relatório completo aqui.
A estrutura do report é dividida em três partes:
Fatos e números: nesta primeira seção, são analisados os dados de investimentos das sportstech na Europa, de acordo com os países e setores.
Quando analisamos os países que mais financiam SportsTech ao longo dos últimos quatro anos, o Reino Unido é o líder disparado, com € 476.2 milhões entre 2016 e 2020. Na sequência estão Alemanha, com € 290.9 milhões investidos e a França, € 195.5 milhões. Considerando os dez países que se destacam nessa área, vale mencionar a Holanda, que aparece pela primeira vez nesse bloco. Além disso, é a primeira vez que a SportstechX coloca Israel dentro do cenário europeu ao invés da Ásia, com o país considerado potência tecnológica já aparecendo como destaque no ranking.
Ao analisar os setores, a atividade e performance, direcionada para atletas, foi quem mais recebeu investimento, com 51.3%. Dentro do segmento, existiu equilíbrio, com investimentos semelhantes nas áreas de Para Atividade – Hardware, Para Atividade – Software e Antes/Depois de Atividades.
Em segundo lugar surge o setor de fãs e conteúdo, com 31.6%, e a área de gestão e organização fecha o estudo, com 17.1%. No caso do setor ligado aos fãs, é possível observar dois destaques em relação a investimentos: as áreas de fantasy sports/apostas e plataformas de conteúdo receberam quase todo o investimento, seguindo no caminho da tendência do comportamento dos torcedores, que estão mais interessados neste tipo de serviço. Para concluir, o setor de executivos também se mostrou equilibrado, com uma divisão de investimentos entre organizações e locais, e mídia e patrocinadores.
Tendências e números: no segundo momento, o estudo investiga as tendências de inovação da indústria esportiva, além de algumas entrevistas com empreendedores e líderes de startups da Europa.
São três as tendências descritas pelo relatório: demanda por conteúdo de vídeo, a ligação entre esports e os esportes tradicionais e a chegada de uma nova geração de dispositivos para o mercado fitness, conectando o virtual com o presencial.
Quando falamos de demanda por conteúdo por vídeo, o cenário é enorme. Durante o último ano, gigantes do streaming como Netflix, Amazon Prime e Disney Plus apresentaram grande crescimento, contanto com conteúdos sobre esportes como as séries ‘All or Nothing’ e ‘Sunderland ‘Til I die’. No entanto, plataformas de menor tamanho também tem se destacado ao oferecer novas formas de acompanhar jogos ao vivo, bastidores e outras histórias que o esporte pode contar. A OneFootball, que transmite os campeonatos alemão e francês no Brasil, é um exemplo disso, com mais de 85 milhões de usuários em todo mundo.
Com relação a união de esports e os esportes tradicionais, o caso mais famoso por aqui foi o do Burger King ao patrocinar camisa do Stevenage da Liga Inglesa com objetivo de criar uma campanha de ativação digital construída em torno do FIFA. Durante a campanha, Stevenage foi o time mais utilizado pelos fãs no modo carreira do jogo, com mais de 25.000 gols compartilhados online vestindo o uniforme do clube, gerando 1,2 bilhões de impressões.
Para fechar a segunda seção, a conexão entre o virtual e o presencial no mercado fitness. Milhares de pessoas adquiriram produtos para se exercitar em casa, tentando tornar essa experiência mais divertida. A partir disso, o report destaca duas iniciativas. A primeira é a FitXR, fundada em Londres em 2016, que utiliza realidade aumentada para envolver elementos de música e dança na série de exercícios. A segunda startup mencionada é a JABII, da Dinamarca, que mistura a atividade física com o gaming.
Confira aqui o produto da FitXR:
Visão geral do ecossistema: para finalizar, o report mapeia os investidores, programas de aceleração/incubação e outras iniciativas de inovação do continente.
Para citar alguns exemplos podemos trazer a Hiro Capital e Aser Ventures, dois fundos de investimentos de Londres que colaboram para que a cidade seja líder neste quesito.
Em relação aos programas de aceleração e incubação, o Le Tremplin, de Paris já foi assunto em um Sportheca To The Point, quando falamos sobre o cenário com Charles Frémont, o diretor deste que é o primeiro centro de inovação esportivo do mundo. O estudo também traz algumas iniciativas de clubes, ligas e associações, como o CeltaLab1923, Valencia CF Innovation Hub e UEFA Innovation Hub.
Para conferir estas e muitas outras informações, baixe aqui o Report Europeu de SportsTech!