A seção final do Report Norte Americano de SportsTech, relatório produzido pela SportsTechX destaca, de maneira abrangente, o ecossistema de SportsTechs do continente, cobrindo investidores, programas de aceleração / incubação e iniciativas de inovação. No texto de hoje traremos um exemplo de cada área, destacando seus principais pontos. Para conferir outros insights, você pode baixar o report completo aqui.
Para iniciar, vamos falar do Courtside Ventures, um fundo de investimentos localizado em Nova York. Os investimentos são voltados para as áreas de esportes, mídia digital, fitness e bem-estar, além de gaming e esports. Quanto ao nível de investimentos o fundo atua principalmente a partir do Investimento Seed, que busca acelerar empresas e startups em níveis iniciais.
Vasu Kulkarni, um dos investidores por trás do Courtside VC, concedeu uma entrevista em que fala sobre este universo dos investimentos em esportes, em conjunto com a área de tecnologia. Segundo Vasu, existe grande dificuldade de os fundos de Venture Capital investirem nas iniciativas ligadas ao esporte porque este mercado não irá crescer e escalar o suficiente para que o retorno seja positivo. Por isso, a recomendação é que empresas busquem criar iniciativas de tecnologia que sejam ligadas ao esporte, mas que também possam ser aplicadas em outras verticais.
O investidor ainda analisou a área de tecnologia ligada ao esporte com mais profundidade. De acordo com ele, existem três setores de onde podem surgir as principais oportunidades. O primeiro são os wearables e demais ferramentas que consigam extrair dados das atividades dos atletas, que, com o auxílio de plataformas para analisar estes dados da melhor forma possível, podem trazer informações importantes para equipes ou esportistas individuais. Um segundo ponto de tecnologia seriam os softwares que apoiem instituições a melhorar sua performance em mídias sociais e engajamento dos fãs, analisando os seus dados de comportamento.
Seguindo com o setor de investimentos como assunto, surge o Ludis Capital com base na cidade de Los Angeles, Califórnia. A iniciativa consiste em um grupo de investidores, fundadores e operadores que tem como objetivo levar sua experiência com esportes, entretenimento e tecnologia para diversas empresas ao redor do mundo. Assim como o exemplo anterior, o Ludis Capital também está focado em empresas em estágio inicial.
Passando para a área de aceleração e incubação, o Future of Sport Lab (FSL), localizado em Toronto, aparece como destaque. A iniciativa é formada por um laboratório colaborativo além de incubadora, buscando atingir inovações e pesquisas esportivas. O laboratório tem como administradores a Maple Leaf Sports & Entertainment, empresa com participação no Toronto Raptors (NBA), Toronto FC (MLS), Toronto Maple Leafs (NHL) além de franquias menores, e a Ryerson University, instituição educacional de Toronto. Essa composição facilita com que as iniciativas criadas e desenvolvidas no local possam ser testadas e aprimoradas de forma prática.
Dentro da iniciativa de incubação, o FSL destaca seis áreas: desempenho do atleta, gestão de negócios e engajamento de novas mídias, experiência do fã, análise esportiva e captura de dados, esporte e inovação social e tecnologia local. Os empreendedores que estiverem ligados ao programa receberão orientações, suporte acadêmico e oportunidades de testar seus projetos pilotos. O laboratório oferece ainda uma ampla rede de contatos disponíveis para seções de mentorias, desde clientes que podem esclarecer suas dores até investidores que podem auxiliar na busca por um produto mais atrativo para o mercado.
Para finalizar, as iniciativas de inovação. Fundada em Nova York no ano de 2011, a VC Sports busca criar uma comunidade de investidores, executivos e empreendedores apaixonados por tecnologia e esportes, principalmente através de eventos em diferentes formatos. Nos últimos anos, o grupo expandiu sua atuação, abrindo novas sedes em São Francisco, Boston e Londres, capital do Reino Unido.
Obviamente o cenário da América do Norte, com o domínio dos Estados Unidos, está muito a frente do Brasil. Podemos ver isso como uma forma de aprender as melhores práticas e buscar os caminhos mais curtos para desenvolver o setor de investimentos e iniciativas em torno das SportsTech por aqui. As iniciativas da Sportheca irão acontecer sempre neste sentido, buscando auxiliar os empreendedores que fazem parte do nosso ecossistema para que possamos transformar a indústria do esporte a partir da tecnologia e inovação.